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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Laura ( segundo capítulo )

Vestiu a roupa do dia de domingo, que no ultimo mês, seus pais orgulhos compraram na loja da Dona Zefinha, pequena comerciante do bairro que sempre vendia em extensas parcelas, roupas, calçados e além de tudo, emprestava dinheiro entre os curtos inicios e finais de meses. Mas o que não entendia era o porquê que logo as primeiras entrevistas teriam que conciliar umas com as outras, fazendo com que ela usa-se a tão linda roupa de domingo, a entrevista do mercado, ás quatorze horas, e a do shopping exatamente ás dezesseis horas. Chegando ao supermercado, deu de cara com uma fila enorme, pessoas velhas, jovens, e a sua frente até um japonês, falando diferente e demonstrando ansiedade. Cada um se gloriando com os amontoados de folhas. E como ensaiado, todos se voltaram ao mesmo ponto, quando saindo da sala um rapaz com paletó branco, maleta em mãos, dava impressão de médico, corria desesperado soltando papéis pelo mercado inteiro. Enquanto a Laura, essa não deixava o nervosismo tomar conta do seu rosto, e nem o medo de estar concorrendo com pessoas aparentemente com níveis superiores de ensino, tentando a mesma vaga que a dela no almoxarifado do mercado da esquina. Na sala entrava um grupo de sete pessoas, assim como entrava sai também em seguida as sete mesmas pessoas, mas com olhar diferente. A curiosidade não cedia um momento sequer, saiam todos com os rostos sem expressar emoção, em exceção do aparente médico, que tentou esconder os olhos com um óculos escuro, mas foi em vão, todos virão as lagrimas correndo nas límpidas partes daquele rosto, e reparando as inúmeras folhas que caiam daquela maleta. A vez da Laura se aproximava, ao mesmo tempo, nela brotava uma angustia de não saber o que iria encontrar na sala, ao mesmo tempo a poucos passos, achava que toda aquela ansiedade, alias, parte dela se encerraria. Ao pé da porta, sentiu além do vento gelado do ar condicionado, um boa tarde, bem nesta hora um carro de propaganda, ao passar na rua da frente anunciava o show de um grupo de pagode da cidade, voltou a cabeça para tentar ouvir mais alguma palavra, mas seu antecessor como todos os outros saia correndo da sala. Continua..

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